Tudo que você precisa saber sobre Coronavírus
Vimos no ultimo artigo explicando o surgimento e as características do coronavírus, porém todos estão falando sobre um novo Covid-19.
O nome dado a ele é SARS-COV2 2, porque ele apresenta algumas semelhanças com o primeiro vírus causador de SARS em 2002. O prefixo SARS, do inglês “Severe Acute Respiratory Syndrome”, ou traduzindo para o português “Síndrome Respiratória Aguda Grave”, como o próprio nome diz , é o acometimento pulmonar grave que o vírus causa , levando a muitos casos a necessidade de intubação orotraqueal e ventilação mecânica (respirar através de aparelhos, já que a inflamação nos pulmões é tamanha que o indivíduo é incapaz de respirar por si mesmo). COVID-19 é o nome da doença causada pelo SARS-COV2. Assim como, por exemplo, AIDS é o nome da doença causada pelo vírus chamado HIV.
E de onde ele veio? Novamente, especula-se que possa ter vindo de animais silvestres como o morcego ou o pangolin (espécie de animal chinês), desta vez da província de Wudang, fontes nas quais ele sofreu uma nova mutação e novamente “pulou” para o ser humano. Então, como é um vírus novo estamos todos susceptíveis à infecção por ele. Dito isso, e agora?
Vamos novamente lembrar o passado, na primeira epidemia o vírus atingiu 29 países, muito menor que a extensão atual. Mas foi contido mesmo sem medicamentos ou vacinas específicas. Como? Através de medidas socioeducativas e da chamada higiene respiratória:
- Lavagem das mãos
- Descontaminação de superfícies e materiais
- cuidados entre os profissionais de saúde e pesquisadores
- Isolamento social
- Uso de mascaras
A transmissão foi gradativamente sendo reduzida sendo que apenas após quatro meses após o início a infecção foi contida, em fevereiro de 2003. Tudo isso apenas com medidas de saúde coletiva! Por isso essas medidas têm sido repetidas continuamente pelas autoridades e é nossa única arma contra a pandemia atual.
Quanto aos custos, calcula-se que tenham sido gastos cerca de 30 a 100 bilhões de dólares na primeira epidemia. Agora imagine o impacto econômico dessa nova pandemia com uma abrangência muito maior?
No estudo da epidemiologia temos diversas formas de contaminação a depender do curso da epidemia, atualmente já estamos em um estado de transmissão comunitária, resumindo, não é necessário mais ter uma história de viagem ou contato com alguém doente para levantarmos a suspeita de COVID-19. Qualquer quadro de resfriado já deve ser tratado como tal, de acordo com as orientações do ministério da saúde.
Então, se estiver gripado, o que fazer?
Você e todos que convivem na mesma casa devem ficar em quarentena por 14 dias, não saia de casa, procure o atendimento apenas em casos mais graves. Mais uma vez, aprendamos com a história, a primeira epidemia foi contida assim…
E quais são os sintomas?
Febre: praticamente todos apresentam em algum período da doença
Coriza, espirros, dor de garganta: praticamente todos apresentam
Tosse e falta de ar: na primeira epidemia 25% apresentavam no momento da internação – e esses são os sintomas de gravidade ditos acima.
O o uso de medicamentos no tratamento?
O Covid -19 é uma doença é nova, praticamente apenas três meses, ainda não temos muitos dados confiáveis para expor acerca dela, por isso não podemos ainda esclarecer com exatidão nenhuma estatística. Por exemplo, sabe-se que partículas do coronavírus também foram encontradas em rins, sistema gastrointestinal e sistema nervoso, mas ainda não sabemos como esse novo subtipo se comporta.
Alguns medicamentos estão sendo usados de forma empírica em pacientes mais graves, alguns com bons resultados, como antimaláricos, medicamentos para o HIV e antivirais de amplo espectro (apenas o medico pode prescrever ou não uso desses medicamentos para o paciente com coronavírus). Entretanto até o momento, o que realmente podemos fazer para os pacientes graves são as medidas de suporte e esperar a cura pelo próprio organismo.
Como a medicina têm se posicionado?
O fato é que nunca na história da medicina uma doença foi estudada com a intensidade que estamos estudando o SARS-COV2. Em 10 dias já havia um teste diagnóstico, aplicativos atualizam os dados a cada minuto e centros de pesquisa em todo o mundo trabalham dia e noite. É um assunto extenso e novo, escreverei novos artigos assim que atualizações estiverem disponíveis.
Cabe a nós fazer nossa parte: lave as mãos, fique em casa, informe-se por fontes confiáveis, procure atendimento médico apenas em caso de gravidade e aguarde as atualizações semanais aqui no nosso portal.
Dr. Antônio Curpetino
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