Nos dias atuais, o diabetes é uma doença bastante comum. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, pelo menos 170 milhões de pessoas sofrem da doença atualmente. Em 2025, este número deverá atingir 300 milhões de pessoas. No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas têm diabetes e metade delas desconhece sua condição. E por mais estranho que pareça, dentro desses números muitas são crianças com diabetes.
Qual órgão responsável pelo desenvolvimento do diabetes?
O pâncreas é um órgão localizado atrás do estômago que produz alguns hormônios importantes para nosso sistema digestivo. Em condições rotineiras, quando o nível de glicose no sangue sobe, células especiais, chamadas células beta, produzem insulina. Assim, de acordo com as necessidades do organismo no momento, é possível determinar se essa glicose vai ser utilizada como combustível para as atividades do corpo ou será armazenada como reserva, em forma de gordura. Isso faz com que o nível de glicose (ou taxa de glicemia) no sangue volte ao normal.
Tipos de diabetes
Tipo 1 – Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células betas. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza o Tipo um de diabetes, que concentra entre cinco e 10% do total de pessoas com a doença.
Normalmente aparece na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.
O Tipo 2 – aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controla à taxa de glicemia.
Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.
Outros tipos de diabetes
Diabetes gestacional – Entre o Tipo 1 e o Tipo 2, foi identificado ainda o Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA). Algumas pessoas que são diagnosticadas com o Tipo 2 desenvolvem um processo autoimune e acabam perdendo células betas do pâncreas. E há também o diabetes gestacional, uma condição temporária que acontece durante a gravidez. Ela afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica risco aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes para a mãe e o bebê.
Sintomas de diabetes na infância:
-Excesso de sede e de urina,
-Perda de peso
-Algumas crianças voltam a urinar na cama ou acordam com frequência para beber água no decorrer da madrugada.
Tratamento
O tratamento para o diabetes pode ser ou não efetuado através da aplicação de insulinas, sendo primordial uma avaliação com um endocrinologia pediátrico.
- Família – A dedicação e o carinho por parte da família é fundamental para crianças com diabetes, principalmente por parte dos pais. São eles que devem sempre ficar atentos em manter uma frequência nas consultas médicas para saber se a criança está com uma velocidade adequada do aumento de peso e altura.
É importante a ajuda dos pais na inclusão da automonitorização no dia a dia do paciente, realizada de forma natural e sempre envolvendo seu filho nas decisões tomadas. Aos poucos, a criança irá perceber a importância desse controle para sua própria saúde.
É fundamental que os pais evitem a superproteção e a discriminação no processo de aceitação.
2. Medicação – A automonitorização da glicemia, a educação em diabetes, a prática de atividade física e o controle nutricional são necessidades comuns e importantes em qualquer faixa etária de pacientes com DM1, tanto nas crianças quanto nos adultos, e precisa fazer parte da rotina de tratamento.
3. Após a infância – Após a infância e adolescência, os cuidados devem continuar os mesmos, mas o paciente deve ser encaminhado para um ambulatório de transição, onde o endocrinologista pediátrico e o endocrinologista adulto atendam simultaneamente a criança. Geralmente entre 15 e 19 anos acontece essa mudança, mas isso varia de acordo com o caso.
É importante que os pais percebam o quanto antes os sintomas do diabetes, por isso a rotina no pediatra é extremamente importante, como recomendado pela sociedade brasileira de diabetes.
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